Meta Platforms (NASDAQ: META) tem sido uma curiosidade em 2025. Enquanto o S&P 500 subiu aproximadamente 17% este ano, as ações da Meta aumentaram apenas 13%, criando uma desconexão que intriga os investidores, dado o potencial operacional da empresa. Essa diferença torna-se ainda mais enigmática quando se analisa o que a empresa realmente entregou.
O gigante das redes sociais — que opera Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads — manteve um ritmo consistente em seu negócio principal de publicidade, enquanto faz apostas transformadoras em infraestrutura de inteligência artificial. A questão que os investidores enfrentam ao se aproximar de 2026 não é se a Meta está indo bem, mas se sua avaliação consegue acompanhar sua trajetória.
Crescimento de Receita Acelerado Conta uma História Convincente
Os números pintam um quadro de uma empresa atingindo seu ritmo de crescimento. O segundo trimestre de 2025 da Meta começou com um crescimento de receita de 22%, um salto significativo em relação aos 16% de expansão no primeiro trimestre. O ritmo não estagnou — o terceiro trimestre impulsionou o crescimento para 26%, com receita trimestral superior a $51 bilhões.
Essa expansão veio de dois motores distintos trabalhando em conjunto. Impressões de anúncios na plataforma da Meta aumentaram 14% ano a ano no terceiro trimestre, enquanto o preço médio por anúncio subiu 10%. Isso sugere não apenas crescimento de volume, mas poder de precificação — um sinal de que as ferramentas de IA da empresa para anunciantes estão entregando retorno tangível sobre o investimento.
Olhando para o futuro, a orientação da Meta para o quarto trimestre de 2025 indica receitas entre $56 bilhões e $59 bilhões. O ponto médio sugere um crescimento de 19%, com a faixa superior implicando 22% de crescimento — uma reversão acentuada em relação ao início do ano e um sinal de que o momentum está se acumulando, em vez de diminuir.
A Aposta na Infraestrutura: Onde Está o Risco Real
Mas aqui é onde a história fica mais complexa. A Meta está investindo capital em infraestrutura de IA em uma escala que desafia até mesmo um gigante de tecnologia com caixa abundante. Para 2025, a empresa projeta despesas de capital (incluindo pagamentos de principal em leasing financeiro) entre $70 bilhões e $72 bilhões.
Depois veio o golpe: a CFO Susan Li anunciou que o crescimento em dólares das despesas de capital em 2026 “será notavelmente maior em 2025”. As despesas totais também devem acelerar, impulsionadas por custos de infraestrutura, depreciação e gastos com nuvem.
Essa estratégia de gastos traz implicações de duas faces. Do lado positivo, a Meta saiu do terceiro trimestre com US$ 44,5 bilhões em caixa e títulos, gerando US$ 10,6 bilhões em fluxo de caixa livre, apesar do aumento de capex. A empresa até devolveu US$ 4,5 bilhões aos acionistas por meio de recompra de ações e dividendos em um único trimestre.
Por outro lado, o fluxo de caixa livre provavelmente será comprimido em 2026 se os gastos realmente aumentarem “notavelmente”. A empresa pode precisar reduzir suas reservas de caixa ou reavaliar a alocação de capital — um cenário que funciona bem se os investimentos em IA se traduzirem em uma aceleração sustentada da receita, mas torna-se problemático se o crescimento desacelerar.
A Questão da Valorização Com 2026 no Horizonte
A 29 vezes o lucro, as ações da Meta Platforms não representam uma pechincha absurda. Também não estão supervalorizadas. A verdadeira questão é se a execução da gestão nos investimentos em infraestrutura de IA justifica pagar esse múltiplo até 2026.
O cenário otimista é simples: a Meta tem um histórico de alocação de capital disciplinada e execução forte. Se os gastos massivos da empresa se traduzirem em vantagens competitivas de IA que sustentem as taxas de crescimento de mais de 20% de receita atualmente evidentes, um múltiplo na faixa superior a 20 vezes torna-se razoável, ao invés de exagerado.
O cenário pessimista depende do risco de execução. Qualquer desaceleração na expansão da receita no próximo ano — seja por saturação de publicidade, ventos contrários macroeconômicos ou pressão competitiva — pode desencadear uma rápida compressão do múltiplo, já que os investidores estariam pagando por um crescimento que não se materializou.
Posicionamento para 2026
A Meta Platforms parece estar posicionada para uma reavaliação significativa para cima ou uma correção relevante com base nos resultados de 2026. O impulso do negócio é real, os gastos com IA são substanciais, e a capacidade de geração de caixa permanece sólida mesmo sob pressão. Ainda assim, os riscos são igualmente relevantes: uma empresa pagando avaliações premium por um crescimento que deve acelerar, ao invés de desacelerar.
Para investidores considerando uma posição nas ações da Meta rumo a 2026, o raciocínio favorece a exposição, mas com cautela adequada. Mantenha qualquer posição de tamanho modesto, fique atento às atualizações trimestrais sobre fluxo de caixa livre e taxas de crescimento de receita, e esteja preparado para reavaliar se os resultados do início de 2026 sugerirem que os gastos com IA não estão se traduzindo no impacto esperado pela gestão.
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Deve posicionar-se nas ações da Meta Platforms antes de 2026?
O Enigma do Desempenho Insatisfatório
Meta Platforms (NASDAQ: META) tem sido uma curiosidade em 2025. Enquanto o S&P 500 subiu aproximadamente 17% este ano, as ações da Meta aumentaram apenas 13%, criando uma desconexão que intriga os investidores, dado o potencial operacional da empresa. Essa diferença torna-se ainda mais enigmática quando se analisa o que a empresa realmente entregou.
O gigante das redes sociais — que opera Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads — manteve um ritmo consistente em seu negócio principal de publicidade, enquanto faz apostas transformadoras em infraestrutura de inteligência artificial. A questão que os investidores enfrentam ao se aproximar de 2026 não é se a Meta está indo bem, mas se sua avaliação consegue acompanhar sua trajetória.
Crescimento de Receita Acelerado Conta uma História Convincente
Os números pintam um quadro de uma empresa atingindo seu ritmo de crescimento. O segundo trimestre de 2025 da Meta começou com um crescimento de receita de 22%, um salto significativo em relação aos 16% de expansão no primeiro trimestre. O ritmo não estagnou — o terceiro trimestre impulsionou o crescimento para 26%, com receita trimestral superior a $51 bilhões.
Essa expansão veio de dois motores distintos trabalhando em conjunto. Impressões de anúncios na plataforma da Meta aumentaram 14% ano a ano no terceiro trimestre, enquanto o preço médio por anúncio subiu 10%. Isso sugere não apenas crescimento de volume, mas poder de precificação — um sinal de que as ferramentas de IA da empresa para anunciantes estão entregando retorno tangível sobre o investimento.
Olhando para o futuro, a orientação da Meta para o quarto trimestre de 2025 indica receitas entre $56 bilhões e $59 bilhões. O ponto médio sugere um crescimento de 19%, com a faixa superior implicando 22% de crescimento — uma reversão acentuada em relação ao início do ano e um sinal de que o momentum está se acumulando, em vez de diminuir.
A Aposta na Infraestrutura: Onde Está o Risco Real
Mas aqui é onde a história fica mais complexa. A Meta está investindo capital em infraestrutura de IA em uma escala que desafia até mesmo um gigante de tecnologia com caixa abundante. Para 2025, a empresa projeta despesas de capital (incluindo pagamentos de principal em leasing financeiro) entre $70 bilhões e $72 bilhões.
Depois veio o golpe: a CFO Susan Li anunciou que o crescimento em dólares das despesas de capital em 2026 “será notavelmente maior em 2025”. As despesas totais também devem acelerar, impulsionadas por custos de infraestrutura, depreciação e gastos com nuvem.
Essa estratégia de gastos traz implicações de duas faces. Do lado positivo, a Meta saiu do terceiro trimestre com US$ 44,5 bilhões em caixa e títulos, gerando US$ 10,6 bilhões em fluxo de caixa livre, apesar do aumento de capex. A empresa até devolveu US$ 4,5 bilhões aos acionistas por meio de recompra de ações e dividendos em um único trimestre.
Por outro lado, o fluxo de caixa livre provavelmente será comprimido em 2026 se os gastos realmente aumentarem “notavelmente”. A empresa pode precisar reduzir suas reservas de caixa ou reavaliar a alocação de capital — um cenário que funciona bem se os investimentos em IA se traduzirem em uma aceleração sustentada da receita, mas torna-se problemático se o crescimento desacelerar.
A Questão da Valorização Com 2026 no Horizonte
A 29 vezes o lucro, as ações da Meta Platforms não representam uma pechincha absurda. Também não estão supervalorizadas. A verdadeira questão é se a execução da gestão nos investimentos em infraestrutura de IA justifica pagar esse múltiplo até 2026.
O cenário otimista é simples: a Meta tem um histórico de alocação de capital disciplinada e execução forte. Se os gastos massivos da empresa se traduzirem em vantagens competitivas de IA que sustentem as taxas de crescimento de mais de 20% de receita atualmente evidentes, um múltiplo na faixa superior a 20 vezes torna-se razoável, ao invés de exagerado.
O cenário pessimista depende do risco de execução. Qualquer desaceleração na expansão da receita no próximo ano — seja por saturação de publicidade, ventos contrários macroeconômicos ou pressão competitiva — pode desencadear uma rápida compressão do múltiplo, já que os investidores estariam pagando por um crescimento que não se materializou.
Posicionamento para 2026
A Meta Platforms parece estar posicionada para uma reavaliação significativa para cima ou uma correção relevante com base nos resultados de 2026. O impulso do negócio é real, os gastos com IA são substanciais, e a capacidade de geração de caixa permanece sólida mesmo sob pressão. Ainda assim, os riscos são igualmente relevantes: uma empresa pagando avaliações premium por um crescimento que deve acelerar, ao invés de desacelerar.
Para investidores considerando uma posição nas ações da Meta rumo a 2026, o raciocínio favorece a exposição, mas com cautela adequada. Mantenha qualquer posição de tamanho modesto, fique atento às atualizações trimestrais sobre fluxo de caixa livre e taxas de crescimento de receita, e esteja preparado para reavaliar se os resultados do início de 2026 sugerirem que os gastos com IA não estão se traduzindo no impacto esperado pela gestão.