Aqui está algo que não é discutido com a frequência devida: o poder presidencial sobre tarifas não é mais o que costumava ser.

Historicamente, o Congresso concedia ao presidente uma autoridade temporária para negociar reduções tarifárias durante acordos comerciais. Mas aqui está o ponto importante — esses poderes sempre tinham uma data de expiração. A autorização mais recente? Ela expirou silenciosamente em 2021.

Ainda mais surpreendente: se você analisar a legislação aprovada desde 1988, não encontrará uma única lei que tenha dado ao executivo a autorização para aumentar tarifas. São quase quatro décadas em que o Congresso manteve esse controle para si.

Por que isso importa agora? Porque a política comercial influencia diretamente os fluxos de capital globais, as avaliações cambiais e o sentimento de risco em todos os mercados. Quando a autoridade para tarifas muda — ou desaparece — gera incerteza. E os mercados, sejam tradicionais ou digitais, odeiam incerteza.

A expiração dessas competências significa que qualquer movimento comercial importante agora exigiria uma nova ação legislativa. Isso coloca uma barreira muito maior do que ordens executivas e altera o jogo para quem acompanha o risco político.