O XRP e o XLM vão substituir o sistema bancário tradicional? Uma análise realista

Os bancos centrais estão de olho na blockchain, e dois nomes cada vez mais soam: XRP e Stellar (XLM). Versan Aljarrah, fundador da Black Swan Capitalist, opina que estes tokens podem mudar o jogo nos pagamentos internacionais. Realidade ou hype? Vamos analisar.

A história por trás de ambos

Ripple e Stellar têm uma origem comum: Jed McCaleb cofundou ambos. Mas seguiram caminhos diferentes.

Ripple/XRP: Foca-se em conectar bancos. A sua rede permite que as instituições financeiras façam transferências transfronteiriças mais rápidas e baratas do que a SWIFT. O XRP atua como ponte entre moedas, liquidando em segundos em vez de dias.

Stellar/XLM: Vai mais na direção da inclusão financeira. O seu protocolo (SCP) é descentralizado, e o XLM funciona de forma semelhante ao XRP, mas pensado para pessoas e instituições mais pequenas.

Indícios positivos (mas não definitivos)

A Ripple já está em conversações com bancos reais. O Banco Nacional da Geórgia, por exemplo, está a explorar tecnologia da Ripple. E, com o tema das CBDCs (moedas digitais de bancos centrais) na agenda global, o XRP pode beneficiar se os governos o adotarem.

O XLM cresce de forma discreta, mas segura. Se conseguir maior adoção institucional, poderá competir mais diretamente com o XRP.

Dado curioso: XRP e XLM frequentemente movem-se juntos em preço. São como irmãos que acompanham o mercado cripto em geral.

A realidade: nada está garantido

Aqui é onde é preciso ser honesto: o potencial da Ripple e Stellar não significa que vá acontecer. O mercado cripto é volátil, a regulamentação pode mudar de um dia para o outro, e há outras plataformas que também aspiram a dominar os pagamentos internacionais.

Aljarrah afirma que possuir estes tokens coloca-te “à frente dos gigantes financeiros”. Parece atraente, mas investir em XRP ou XLM apenas com base nisso é arriscado.

O ponto central

Se a adoção institucional se concretizar (e é um grande “se”), o XRP e o XLM podem ser peças importantes do futuro financeiro. Mas isso requer tempo, regulamentação favorável e que a concorrência não ultrapasse.

Resumo: São projetos sólidos com casos de uso reais. Mas investimento seguro? Isso depende do teu apetite de risco e pesquisa.