Uma grande virada na liquidez global está ocorrendo silenciosamente. Quando o Banco Central do Japão aumentou a taxa de juros para 0,75% no final do ano passado, criando um novo máximo em trinta anos, ninguém previa que isso se tornaria a última gota que transbordou o copo daquela clássica arbitragem.
Os investidores individuais japoneses, que detêm 15 trilhões de dólares em ativos familiares, estão retirando ativos em dólares em uma escala sem precedentes. Este grupo não são fundos de hedge institucionais, e suas ações coletivas costumam ter um impacto maior do que qualquer operação em Wall Street.
Por que isso acontece? A lógica é na verdade bastante clara:
**Colapso da diferença de juros**. Antes, com a redução das taxas de juros nos EUA e o Japão mantendo taxas baixas, os investidores que faziam operações de arbitragem com o iene lucravam bastante. Agora, a situação virou – o Federal Reserve não está mais a reduzir as taxas de forma agressiva, enquanto o Banco Central do Japão está a aumentar as taxas. Continuar a vender o iene neste ambiente é praticamente um suicídio. Os custos dispararam, e aquelas enormes posições foram forçadas a ser liquidadas, com um efeito em cadeia a espalhar-se por todo o mercado.
**A pressão sobre os títulos e ações americanas vem a seguir**. Esses investidores individuais não estão se retirando lentamente, mas sim vendendo em massa ativos denominados em dólares para quitar dívidas. Embora em termos numéricos não seja tão impressionante quanto algumas operações de grandes instituições, a ação coletiva dos pequenos investidores tende a ser mais difícil de prever e de proteger.
Os ativos tradicionais estão em oscilação, e o dinheiro quente começa a procurar novos refúgios. Os ativos comunitários com alta aceitação e alta resiliência tornaram-se o novo destino desses fundos. Em outras palavras, enquanto o mercado ainda não encontrou uma direção, um ecossistema forte e uma base comunitária clara tornaram-se as coisas mais escassas. Isso também explica por que, em um momento de aperto no mercado mainstream, certos ativos com fortes atributos comunitários ainda conseguem atrair atenção contracorrente - não porque haja alguma notícia mágica, mas porque a própria certeza já tem valor.
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MidnightTrader
· 9h atrás
Os investidores de retalho japoneses realmente foram duros nesta operação, 15 trilhões de dólares é dizer que vão sair e vão mesmo, até Wall Street tem que dar um desconto.
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MrRightClick
· 9h atrás
O investidor de retalho é que é a maior baleia, não esperavas, pois não?
Uma grande virada na liquidez global está ocorrendo silenciosamente. Quando o Banco Central do Japão aumentou a taxa de juros para 0,75% no final do ano passado, criando um novo máximo em trinta anos, ninguém previa que isso se tornaria a última gota que transbordou o copo daquela clássica arbitragem.
Os investidores individuais japoneses, que detêm 15 trilhões de dólares em ativos familiares, estão retirando ativos em dólares em uma escala sem precedentes. Este grupo não são fundos de hedge institucionais, e suas ações coletivas costumam ter um impacto maior do que qualquer operação em Wall Street.
Por que isso acontece? A lógica é na verdade bastante clara:
**Colapso da diferença de juros**. Antes, com a redução das taxas de juros nos EUA e o Japão mantendo taxas baixas, os investidores que faziam operações de arbitragem com o iene lucravam bastante. Agora, a situação virou – o Federal Reserve não está mais a reduzir as taxas de forma agressiva, enquanto o Banco Central do Japão está a aumentar as taxas. Continuar a vender o iene neste ambiente é praticamente um suicídio. Os custos dispararam, e aquelas enormes posições foram forçadas a ser liquidadas, com um efeito em cadeia a espalhar-se por todo o mercado.
**A pressão sobre os títulos e ações americanas vem a seguir**. Esses investidores individuais não estão se retirando lentamente, mas sim vendendo em massa ativos denominados em dólares para quitar dívidas. Embora em termos numéricos não seja tão impressionante quanto algumas operações de grandes instituições, a ação coletiva dos pequenos investidores tende a ser mais difícil de prever e de proteger.
Os ativos tradicionais estão em oscilação, e o dinheiro quente começa a procurar novos refúgios. Os ativos comunitários com alta aceitação e alta resiliência tornaram-se o novo destino desses fundos. Em outras palavras, enquanto o mercado ainda não encontrou uma direção, um ecossistema forte e uma base comunitária clara tornaram-se as coisas mais escassas. Isso também explica por que, em um momento de aperto no mercado mainstream, certos ativos com fortes atributos comunitários ainda conseguem atrair atenção contracorrente - não porque haja alguma notícia mágica, mas porque a própria certeza já tem valor.