O que exatamente é o Web3.0? Por que é considerado o futuro da internet e que oportunidades de transformação ele trará?

Nos últimos anos, o termo Web3.0 tem aparecido frequentemente em diversos meios de comunicação e whitepapers de projetos, dificultando a distinção entre o verdadeiro e o falso para muitos investidores. Para encontrar projetos realmente valiosos nesta corrida, é fundamental compreender a essência do Web3.0, sua relação com a blockchain e as oportunidades de investimento que nele estão contidas.

O conceito central por trás do Web3.0

Ao falar da definição de Web3.0, a indústria ainda não chegou a um consenso unificado, mas as opiniões de duas figuras-chave são altamente relevantes.

Em 2006, Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, apresentou uma visão: o Web3.0 deveria permitir que os usuários realmente controlassem a propriedade de seus dados, ao invés de serem dominados pelas plataformas. Em 2014, Gavin Wood, cofundador do Ethereum, aprofundou essa ideia, afirmando que o Web3.0 é um protocolo de rede resistente à censura, desmonopolizador, de baixa barreira de entrada, capaz de proteger as informações dos usuários por meio da criptografia.

Em resumo, o Web3.0 é uma denominação para a terceira geração da internet, que utiliza a blockchain como base tecnológica, com o objetivo de realizar a propriedade dos dados pelos usuários, governança autônoma e liberdade econômica. Por depender da tecnologia blockchain, o Web3.0 herdou naturalmente todas as suas características: descentralização, imutabilidade, rastreabilidade completa, transparência, ausência de permissão, baseado em criptografia e não em confiança.

A evolução do Web1.0 ao Web3.0

A evolução da internet em três gerações representa diferentes configurações de poder:

Era Web1.0 (1990-2004), onde os usuários eram apenas consumidores passivos de conteúdo, e as plataformas eram os únicos emissores de conteúdo.

Era Web2.0 (2004 até hoje), na qual os usuários passaram a ter permissão para ler e escrever, podendo gerar conteúdo e obter renda em plataformas como Instagram, X, Facebook, entre outras. Contudo, esse modelo aparentemente benéfico esconde problemas profundos: quem detém a propriedade do conteúdo — o usuário ou a plataforma? Como é feita a divisão dos lucros de publicidade? As informações pessoais estão seguras? Se a plataforma falhar ou for atacada, os dados dos usuários podem ser perdidos.

Era Web3.0 (2014 até hoje), onde os usuários não apenas podem ler e escrever, mas também possuem. A propriedade dos dados, autenticação de identidade e controle de bens retornam às mãos dos usuários. A identidade descentralizada substitui nomes de usuário e senhas, as criptomoedas tornam-se o novo modelo econômico, e a programabilidade atinge níveis sem precedentes.

Como o Web3.0 resolve os problemas atuais

Atualmente, a internet enfrenta três grandes dores: monopólio das grandes corporações, riscos de centralização e vazamento de privacidade.

Por exemplo, um criador de conteúdo compartilha suas obras diariamente em redes sociais, atraindo milhões de seguidores que curtem, comentam e compartilham, mas nunca consegue controlar a origem de seu conteúdo ou fluxo de renda. As plataformas podem alterar arbitrariamente as regras de distribuição, excluir conteúdos ou até vender dados de privacidade dos usuários.

O Web3.0, por meio da blockchain e contratos inteligentes, devolve esses controles aos usuários. Os criadores podem interagir diretamente com seus fãs, com contratos inteligentes distribuindo automaticamente os lucros, sem necessidade de intermediários. Os dados são armazenados em nós descentralizados, evitando perdas em caso de falhas na plataforma. A autenticação de identidade é feita por meio da criptografia, protegendo naturalmente a privacidade.

Relações ecológicas entre Web3.0, criptomoedas, NFT e metaverso

Muitas pessoas tendem a confundir esses conceitos. Na verdade, há uma relação hierárquica clara entre eles:

A blockchain é a infraestrutura de base, fornecendo capacidade de registro de dados descentralizado e imutável.

Web3.0 é a visão de aplicação, com o objetivo de reconstruir a estrutura de poder da internet.

Criptomoedas, NFT, metaverso e DeFi são aplicações concretas, todas dependentes da tecnologia blockchain para serem realizadas, ao mesmo tempo que alimentam o ecossistema do Web3.0. Por exemplo, as criptomoedas resolvem o circulação de valor, os NFTs representam propriedade de ativos digitais, o DeFi oferece meios descentralizados de serviços financeiros, e o metaverso é o cenário de aplicação final do Web3.0.

Sem a tecnologia blockchain, o Web3.0 seria apenas uma conversa vazia; sem ferramentas como criptomoedas e NFTs, o Web3.0 não conseguiria oferecer incentivos econômicos.

O mapa de investimentos na corrida Web3.0

De acordo com dados de mercado, o setor Web3.0 possui um valor de mercado de aproximadamente 23 bilhões de dólares, ocupando a 59ª posição entre todos os setores de ativos de criptomoeda, representando 2,18%. Isso indica que o setor ainda está em fase inicial, com potencial de crescimento significativo.

Atualmente, há mais de 200 projetos relacionados ao Web3.0, incluindo exemplos representativos como:

  • Polkadot (DOT): constrói protocolos de interoperabilidade entre blockchains heterogêneas, resolvendo problemas de infraestrutura do Web3.0
  • Chainlink (LINK): fornece serviços de oráculos, conectando dados on-chain e off-chain
  • Filecoin (FIL): rede de armazenamento distribuído, oferecendo soluções de armazenamento de dados para o Web3.0
  • ApeCoin (APE): token de governança comunitária, refletindo o conceito de autonomia descentralizada do Web3.0

É importante estar atento: nem todos os projetos que usam o nome Web3.0 possuem aplicações reais. Os critérios de seleção devem incluir: o projeto resolve problemas práticos? Como é a experiência da equipe técnica? Existe uma mainnet madura em operação? Projetos como DOT, LINK e FIL são relevantes porque resolveram problemas de infraestrutura, criando uma barreira de entrada difícil de superar, o que lhes confere resiliência durante mercados em baixa e potencial de explosão em mercados em alta.

Perspectivas futuras do Web3.0 e recomendações estratégicas

O conceito de Web3.0 foi proposto há quase 20 anos, mas seu desenvolvimento sistemático só ocorreu nos últimos dois ou três anos, sendo o tamanho atual relativamente pequeno — uma situação normal. Em certa medida, o Web3.0 ainda pode conter uma bolha, semelhante ao período anterior ao estouro da bolha da internet na área de IA, onde após o entusiasmo pode vir um período de calma.

No entanto, o Web3.0 não resolve necessidades falsas. Vazamentos de dados, monopólio das grandes corporações e invasões de privacidade são problemas reais e concretos da sociedade, não fantasmas. Embora as realizações atuais do Web3.0 ainda não tenham atingido todas as expectativas, isso não deve diminuir seu valor e potencial de longo prazo.

Para investidores otimistas com o setor, recomenda-se alocar uma pequena proporção de recursos para exploração, entendendo bem os mecanismos e riscos dos projetos, e construindo posições gradualmente. Afinal, toda tecnologia revolucionária leva tempo para amadurecer, e o Web3.0 está passando por esse processo de validação de sua utilidade.

DOT0.63%
LINK1.67%
FIL0.55%
APE5.38%
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