Guia de Investimento em Obrigações 2025: O que os Principiantes em Finanças Pessoais Devem Saber

O que é que costuma preocupar-se primeiro ao começar a investir? Pode pensar que as ações têm muita volatilidade, e que as poupanças têm retornos demasiado baixos. Mas existe um ativo que fica entre as poupanças e as ações. São as obrigações. Em 2025, a popularidade das obrigações no mercado de investimento na Coreia tem vindo a aumentar significativamente, devido às suas características de maior rendimento do que as poupanças e maior estabilidade do que as ações.

O que exatamente são as obrigações

Obrigações são títulos de dívida emitidos por governos, empresas públicas, instituições financeiras e empresas privadas, que representam um empréstimo feito pelos investidores. Comprar uma obrigação equivale a emprestar dinheiro à entidade emissora, recebendo juros periodicamente durante o prazo acordado, e recebendo o valor principal de volta no vencimento, conforme o contrato.

Em 2025, o rendimento anual das obrigações do governo coreano a 3 anos é de cerca de 3,3%, superior às poupanças bancárias. Ao mesmo tempo, o governo garante o pagamento do principal e dos juros, o que confere uma alta segurança. Recentemente, têm sido lançados produtos inovadores, como obrigações digitais baseadas em tecnologia blockchain ou obrigações ESG, que valorizam a responsabilidade social e ambiental, aumentando as opções de investimento para os investidores.

5 características essenciais das obrigações

1. Estabilidade previsível

A maior vantagem das obrigações é a sua estabilidade. Quanto maior a classificação de crédito, maior a probabilidade de receber o principal e os juros. Obrigações de alta qualidade, como as de classificação AAA, ou obrigações do governo, apresentam risco de perda de principal muito baixo, oferecendo segurança semelhante às poupanças.

2. Renda periódica

A maioria das obrigações paga juros regularmente, a cada 3 a 6 meses. Em 2025, a taxa de juros nominal de obrigações do governo a 3 anos é de cerca de 2,3% a 2,4%, enquanto as obrigações corporativas podem oferecer entre 4% e 6%, dependendo da classificação de crédito. Isto é atraente para aposentados ou investidores que precisam de uma renda regular.

3. Alta liquidez

As obrigações podem ser compradas e vendidas livremente no mercado, mesmo antes do vencimento. Ao contrário das poupanças, podem ser resgatadas a qualquer momento sem penalizações. De facto, o volume médio diário de negociação no mercado de obrigações na Coreia no primeiro trimestre de 2025 é de cerca de 25 biliões de won, indicando uma atividade de negociação bastante intensa.

4. Oportunidades de rendimento com variações de taxa de juro

Quando as taxas de juro do mercado mudam, o preço das obrigações também oscila. Quando as taxas caem, o preço das obrigações existentes sobe; quando sobem, o preço desce. Aproveitando estas flutuações, é possível obter lucros com a compra e venda.

5. Benefícios fiscais

Se um investidor individual investir diretamente em obrigações, apenas os juros estão sujeitos a impostos, enquanto os lucros obtidos com a venda antes do vencimento são isentos de impostos. Obrigações ESG podem também beneficiar de incentivos fiscais adicionais.

Obrigações vs Poupanças: qual é mais adequado para si?

À primeira vista, parecem semelhantes, mas obrigações e poupanças são produtos completamente diferentes.

As poupanças a prazo são produtos garantidos pelo banco que as emite. Atualmente, a lei de proteção de depósitos garante até 50 milhões de won do principal. Contudo, ao resgatar antes do vencimento, os juros são reduzidos, e não é possível negociar livremente antes do prazo.

Por outro lado, a segurança das obrigações depende da classificação de crédito do emissor. Mesmo antes do vencimento, podem ser negociadas livremente no mercado, e quando as taxas de juro caem, há potencial de ganhos com a valorização. Contudo, se o emissor perder a sua classificação de crédito, há risco de perda do principal.

Principais diferenças:

  • Emissor: obrigações(Governo, empresas, entidades públicas) vs poupanças(Banco)
  • Prazo: obrigações(De meses a várias décadas) vs poupanças(De 1 mês a 3 anos)
  • Pagamento de juros: obrigações(Pagamento periódico ou no vencimento) vs poupanças(Pagamento único no vencimento)
  • Liquidez durante o prazo: obrigações(Negociação livre) vs poupanças(Resgate antecipado com penalizações)
  • Risco: obrigações(Varia consoante a classificação de crédito) vs poupanças(Protegidas pelo Fundo de Garantia de Depósitos)

Tipos e características das obrigações

As obrigações podem ser classificadas consoante o emitente.

Obrigações do governo: emitidas pelo governo, com a classificação de crédito mais elevada. São muito seguras, mas oferecem rendimentos mais baixos.

Obrigações especiais: emitidas por empresas públicas como a Korea Electric Power ou a Korea Expressway Corporation. Menos seguras do que as do governo, mas ainda assim com bom nível de segurança e retorno razoável.

Obrigações municipais: emitidas por autarquias locais, com risco ligeiramente superior às obrigações do governo, mas ainda relativamente seguras.

Obrigações financeiras: emitidas por bancos e instituições financeiras, com alta liquidez, adequadas para gestão de fundos de curto prazo.

Obrigações corporativas: emitidas por empresas privadas. Os rendimentos variam bastante consoante a classificação de crédito do emitente, sendo importante verificar cuidadosamente a solvabilidade da empresa antes de investir.

Obrigações dos EUA: consideradas ativos seguros globalmente. Permitem diversificação em dólares e proteção cambial, sendo populares entre investidores que querem construir um portefólio global.

Rendimentos principais das obrigações em 2025:

Obrigações do governo a 3 anos(Classificação AA): 3,32% Obrigações municipais de Seul a 5 anos(Classificação AA-): 3,65% Obrigações especiais da Korea Electric Power a 10 anos(Classificação A+): 4,10% Obrigações corporativas da Samsung a 3 anos(Classificação AAA): 3,95% Obrigações do governo dos EUA a 10 anos(Classificação AAA): 4,25%

3 riscos a evitar ao investir em obrigações

Queda do preço das obrigações devido ao aumento das taxas de juro

O principal risco é que as taxas de juro e os preços das obrigações movem-se em sentidos opostos. Quando as taxas sobem, o preço das obrigações existentes com taxas mais baixas diminui. Se precisar de vender antes do vencimento, pode sofrer perdas.

Para evitar isso, se as taxas de juro estiverem a subir, prefira obrigações de curto prazo ou com taxa variável, que são menos sensíveis às variações.

Deterioração da classificação de crédito do emitente

Se comprar obrigações de uma empresa cuja classificação de crédito piorar ou que enfrente dificuldades financeiras, pode perder o principal. Obrigações de baixa classificação de crédito apresentam risco maior.

Se for um investidor conservador, o ideal é concentrar-se em obrigações de alta classificação, como AAA ou AA, para maior segurança.

Variações cambiais e impacto nos rendimentos de obrigações estrangeiras

Obrigações estrangeiras, como as dos EUA, são negociadas principalmente em dólares. Quando a taxa de câmbio USD/KRW oscila, o rendimento em won também varia, mesmo que o juro recebido seja o mesmo. Uma depreciação do dólar pode reduzir os ganhos em won.

Se estiver preocupado com as variações cambiais, pode usar produtos de hedge cambial ou limitar a proporção de obrigações estrangeiras na sua carteira, diversificando assim o risco.

3 formas de começar a investir em obrigações

Compra direta de obrigações individuais

Através do HTS/MTS de corretoras, ou nas agências bancárias, ou plataformas digitais de finanças, pode comprar obrigações do governo, especiais ou corporativas. Ao investir diretamente, apenas os juros estão sujeitos a imposto, e as vendas antes do vencimento não são tributadas.

Fundos de obrigações

Investir em fundos geridos por gestores de ativos que diversificam em várias obrigações. Permitem diversificação com montantes reduzidos, mas cobram taxas de gestão.

ETFs de obrigações(Fundos negociados em bolsa)

Podem ser comprados e vendidos em tempo real na bolsa, como ações. Têm taxas baixas, alta liquidez e permitem diversificação fácil, sendo uma das formas mais acessíveis para iniciantes.

Perfil de investidores adequados a obrigações

Quem precisa de fluxo de caixa regular: os juros periódicos proporcionam uma fonte previsível de rendimento.

Aposentados ou prestes a aposentar-se: ideal para quem quer evitar grandes oscilações de preço, mas deseja rendimentos superiores às poupanças.

Quem acha a volatilidade do mercado de ações desconfortável: as obrigações têm baixa correlação com as ações, ajudando a reduzir a volatilidade do portefólio.

Quem procura benefícios fiscais e diversificação global: sem impostos sobre ganhos de capital e com possibilidade de diversificação em dólares através de obrigações estrangeiras, como as dos EUA.

Pontos essenciais a verificar antes de investir em obrigações

Antes de decidir investir, confira:

Classificação de crédito: avalie a solvabilidade do emitente. Quanto mais alta, maior a segurança.

Classificação de risco do produto: avalia a facilidade de resgate e a complexidade do produto.

Nível de liquidez: verifique se pode comprar e vender facilmente no mercado.

Estrutura de vencimento: escolha o prazo adequado ao seu objetivo de investimento e fluxo de caixa.

Informação do produto e avaliação de crédito: leia atentamente o prospecto e os relatórios de crédito para entender os riscos.

Estratégia de combinação de obrigações e ações

Como as obrigações têm baixa correlação com as ações, combiná-las pode reduzir a volatilidade global do portefólio. Por exemplo, uma carteira com 100% de ações é mais volátil, enquanto uma com 70% de ações e 30% de obrigações apresenta menor variação de preço.

Especialmente em períodos de grande variação das taxas de juro, uma combinação equilibrada de obrigações e ações é uma estratégia eficaz de gestão de risco.

Perguntas frequentes sobre investimento em obrigações para iniciantes

Q: As obrigações garantem o principal como as poupanças?
A: Não. Obrigações não são garantidas pelo Fundo de Garantia de Depósitos, e o principal pode ser perdido dependendo da solvabilidade do emitente. Antes de investir, verifique cuidadosamente a classificação de crédito e a estrutura do produto.

Q: Como comparar os rendimentos das obrigações?
A: Compare obrigações com classificações de crédito semelhantes e prazos similares. Pode consultar informações de rendimento no Centro de Informação de Obrigações da Associação Financeira de Investimento.

Q: Como se relacionam as taxas de juro e os preços das obrigações?
A: As taxas de juro e os preços das obrigações movem-se em sentidos opostos. Quando as taxas sobem, os preços caem; quando as taxas descem, os preços sobem. Antes de vender, é importante considerar o cenário de taxas.

Q: Como ajustar o prazo de vencimento às minhas necessidades?
A: Escolha obrigações com prazos compatíveis com os seus objetivos de investimento e fluxo de caixa. Obrigações de curto prazo para fundos de curto prazo, e obrigações de longo prazo para objetivos de longo prazo. Evite obrigações de mercado secundário com dificuldades de venda antes do vencimento, se não puder manter até lá.

Q: O que são obrigações ESG?
A: Obrigações ESG são emitidas com foco em sustentabilidade, incluindo proteção ambiental, responsabilidade social e governança transparente. Permitem alinhar o investimento com valores sociais, podendo também beneficiar de incentivos fiscais ou apoios governamentais. Estão a ganhar popularidade global e têm potencial de crescimento a longo prazo.

Conclusão: as obrigações em 2025 são uma escolha inteligente

Com as expectativas de redução das taxas de juro, o valor das obrigações pode subir. Este pode ser um momento oportuno para considerar investir em obrigações.

As obrigações oferecem uma alternativa atrativa para investidores que procuram rendimentos superiores às poupanças, com menor risco do que as ações, ajudando a proteger o património. Para quem está a começar, recomenda-se iniciar com produtos mais seguros, como obrigações do governo ou ETFs de obrigações, e expandir gradualmente para obrigações corporativas e internacionais, assim conseguindo um equilíbrio entre rendimento estável e diversificação de risco.

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