Guia Completo de Carteiras Frias: Comparação de Funcionalidades, Critérios de Escolha e Dicas Práticas

Por que cada vez mais pessoas estão a optar por carteiras frias?

Com o crescimento vibrante da ecossistema na cadeia, a segurança dos ativos de Criptomoeda tornou-se a principal preocupação dos investidores. Muitas pessoas começaram por usar carteiras quentes para transações diárias, mas sofreram perdas devido à má gestão das chaves privadas, roubo ou esquecimento. Este problema impulsionou uma necessidade urgente de carteiras frias — uma solução que permite guardar os ativos de forma segura em ambientes offline.

De acordo com estatísticas do Blockchain.com, em 2022, o número de utilizadores de carteiras de Criptomoeda atingiu 80 milhões, e o mercado de carteiras de hardware espera ultrapassar a marca de 3,6 mil milhões de dólares até 2032. Isto reflete uma forte procura por soluções de armazenamento seguras por parte dos utilizadores.

Carteira fria vs carteira quente: qual é a principal diferença?

Antes de aprofundar na escolha de uma carteira fria, é importante compreender a diferença fundamental entre ela e a carteira quente.

As carteiras de Criptomoeda dividem-se em duas categorias principais. Carteiras quentes (também chamadas de carteiras de software) armazenam-se em dispositivos conectados à internet, como smartphones ou computadores, incluindo carteiras de app e de PC. A vantagem é a facilidade de uso e a conveniência, mas, por estar ligada à internet, apresenta riscos de ataques por hackers.

Carteiras frias referem-se a carteiras armazenadas em dispositivos offline, geralmente em hardware, incluindo também carteiras de papel e USB. Elas utilizam isolamento físico para prevenir ataques online, oferecendo uma segurança muito superior às carteiras quentes.

Como as carteiras frias protegem os seus ativos?

A lógica central das carteiras frias é armazenar as chaves privadas offline. Quando configura uma carteira fria pela primeira vez, o sistema gera um par de chaves através de algoritmos de encriptação:

Chave pública (endereço) funciona como a sua conta bancária, podendo ser partilhada publicamente, e é usada para receber Criptomoeda como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Dogecoin (DOGE), Litecoin (LTC), entre outras.

Chave privada é absolutamente confidencial, equivalente à senha bancária, e controla todos os ativos na carteira. Para facilitar a memorização, o sistema geralmente gera uma frase de recuperação composta por 12 ou 24 palavras em inglês, que serve como uma versão legível da chave privada.

As carteiras frias armazenam a chave privada de forma física, sem conexão à internet, o que evita eficazmente várias ameaças online. É importante notar que, embora normalmente uma carteira fria armazene uma única chave privada, ela pode também guardar chaves geradas por outros dispositivos ou carteiras quentes.

Três carteiras frias de destaque no mercado

Diante de uma concorrência acirrada, os desenvolvedores de carteiras continuam a melhorar a certificação de segurança, expandir o suporte a múltiplas cadeias, diversificar as moedas suportadas e otimizar estratégias de preço. A seguir, apresentamos três soluções de hardware de reputação na indústria:

imKey: opção portátil e leve

Desenvolvida pela equipa por trás da reconhecida carteira imToken, esta solução usa um chip da Infineon, com certificação de segurança CC EAL 6+. Com mais de 4 anos de validação no mercado.

O dispositivo é extremamente leve, pesando apenas 8,1 gramas, com dimensões de 64mm×38mm×2,3mm, suportando conexão USB. Pode suportar 12 blockchains e mais de 100 tipos de Criptomoeda, incluindo NFTs compatíveis com os padrões ERC-721 e ERC-1155.

Preço aproximado: 130 dólares.

Ledger Nano: mais completo em funcionalidades

Este hardware de carteira da empresa francesa Ledger possui certificação de segurança CC EAL 5+. Mede 72mm×18,6mm×11,75mm e pesa 32 gramas.

A maior vantagem é suportar mais de 5000 tipos diferentes de Criptomoeda, com compatibilidade mais ampla. Pode conectar-se via cabo USB ou Bluetooth, oferecendo maior flexibilidade de uso.

Preço entre 150 e 300 dólares.

Trezor: experiência com ecrã tátil

Desenvolvido pela empresa tcheca SatoshiLabs, equipado com o chip STM32F427. Mede 60mm×30mm×6mm e pesa 12 gramas.

Destaque para a tela tátil, suportando mais de 1400 tipos de Criptomoeda. Os preços variam bastante, de 70 a 219 dólares, permitindo ao utilizador escolher consoante as funcionalidades desejadas.

Como escolher a carteira fria mais adequada a si?

Não existe uma solução “melhor” absoluta na compra de uma carteira fria; deve-se considerar as necessidades pessoais a partir de quatro dimensões:

Segurança e padrão de certificação

Como o objetivo principal de adquirir uma carteira fria é armazenamento seguro, deve-se verificar a força da tecnologia de encriptação utilizada pelo fabricante, os mecanismos de múltipla autenticação e outras medidas de proteção. Assegure-se de que a sua frase de recuperação e chave privada estejam protegidas por níveis reconhecidos na indústria.

Compatibilidade com as moedas

Antes de comprar, confirme se a carteira fria suporta os ativos de Criptomoeda que possui ou planeja adquirir. Embora a maioria dos produtos afirme suportar milhares de moedas, alguns modelos podem limitar-se a um conjunto de moedas principais.

Preço e investimento

O preço das carteiras frias varia de dezenas a centenas de dólares. Avalie se o custo justifica as funcionalidades oferecidas, evitando pagar por recursos redundantes ou comprometer a segurança por um preço mais baixo.

Facilidade de uso e interface

Embora os processos de operação sejam semelhantes entre diferentes carteiras, a experiência de utilização pode variar bastante. Opte por produtos com interface intuitiva e navegação clara, para reduzir o esforço na gestão diária dos ativos.

Os sites oficiais costumam fornecer especificações técnicas detalhadas, enquanto avaliações de utilizadores e fóruns oferecem feedback real sobre a experiência de uso.

Guia prático: como usar corretamente uma carteira fria?

Primeiro passo: gerar ou importar chaves

Se ainda não possui um par de chaves pública/privada, pode criá-lo através da carteira fria ou de uma carteira quente. Se já tiver a chave privada guardada na carteira fria, pode passar ao próximo passo.

Segundo passo: autorizar assinatura de transações

Para usar a carteira fria numa transação, conecte-a a um dispositivo móvel ou computador. Normalmente, será necessário inserir um PIN ou senha para desbloquear o dispositivo, e então poderá iniciar a transação.

Terceiro passo: verificar na própria carteira

Após iniciar a transação, confirme o conteúdo na própria carteira (ou na aplicação associada). Uma vez confirmado, a transação é concluída. Assim que a operação terminar, desconecte o dispositivo, e a chave privada e a frase de recuperação voltam ao estado offline, reduzindo significativamente o risco.

Dica importante: evite conectar a carteira fria a DApps desconhecidos, pois isso pode expô-lo a riscos semelhantes aos das carteiras quentes.

Quarto passo: guardar o dispositivo com segurança

Apesar de muitas carteiras frias terem características de resistência a quedas, água e fogo, deve evitar choques ou quedas bruscas. Além disso, fazer backup da chave privada e da frase de recuperação em papel ou em dispositivos físicos como USB é uma medida de segurança inteligente.

Riscos comuns e soluções

Perda ou dano do dispositivo

Se guardar a chave privada e a frase de recuperação de forma segura, pode adquirir uma nova carteira fria e usar esses backups para recuperar o acesso aos seus ativos.

Esquecimento da frase de recuperação

Se esquecer a frase de recuperação, não será possível recuperar os ativos. Por isso, é fundamental fazer backup offline da “senha”, escrevê-la num papel e guardá-la num cofre, garantindo que não se perca nem seja divulgada.

Ataques de hackers ou fraudes

Manter a carteira fria offline é a principal defesa. Nunca armazene a chave privada online. Esteja atento a ofertas de airdrops de origem desconhecida, para evitar ser vítima de fraudes ou roubo de ativos sob esse pretexto.

Decisão entre carteira fria e carteira quente

Ambos os tipos de carteiras têm usos distintos. As carteiras quentes são indicadas para transações frequentes, oferecendo maior conveniência, mas com maior risco; as carteiras frias são ideais para armazenamento a longo prazo e grandes quantidades de ativos, com maior segurança, embora sejam mais complexas de usar.

Se for um investidor de longo prazo ou lidar com grandes valores, recomenda-se armazenar as Criptomoeda em uma carteira fria, reduzindo assim o risco de fraudes ou roubos. Para transações diárias de valores pequenos, a carteira quente oferece maior agilidade.

A combinação de carteiras — guardar grandes quantidades na carteira fria e usar a carteira quente para pequenas transações — é uma prática consolidada entre os utilizadores experientes.

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