Revelando a nova geração da internet: Como o Web3.0 está a transformar o valor dos dados?

Web3.0 realmente o que é? As diferenças essenciais em relação às redes anteriores

Ao falar de Web3.0, muitas pessoas ficam apreensivas — de fato, há demasiados projetos que usam o rótulo Web3.0 para enganar investidores, dificultando distinguir o verdadeiro do falso. Mas isso não é culpa do Web3.0, e sim da situação de mercado cheia de areia e lama.

Então, o que exatamente é o Web3.0? A resposta varia de pessoa para pessoa, mas as definições de duas figuras-chave são as mais relevantes:

Tim Berners-Lee, o pai da internet, descreveu sua visão pela primeira vez em 2006 — o Web3.0 deveria permitir que os usuários tivessem total propriedade de seus dados. Doze anos depois, Gavin Wood, cofundador da Ethereum, reinterpretou, definindo-o como um protocolo de rede sem censura, sem monopólio, de baixa barreira de entrada, capaz de proteger a segurança dos dados dos usuários por meio de criptografia.

Simplificando, o Web3.0 é a terceira geração da internet baseada em blockchain, cujo objetivo central é realizar a propriedade dos dados, o controle de ativos e a autogestão pelos usuários. Como é construído sobre blockchain, herda naturalmente todas as características dessa tecnologia: descentralização, imutabilidade, rastreabilidade, transparência total, sem necessidade de permissão ou confiança.

Por que precisamos do Web3.0? Quão profundas são as dores da realidade?

Imagine que você é um criador de conteúdo, publicando diariamente no Instagram, X, Facebook, recebendo curtidas, comentários, aumentando sua base de fãs, monetizando por meio de anúncios e transmissões ao vivo. Parece uma situação de ganha-ganha, mas há muitos riscos ocultos:

De quem são os direitos de criação de conteúdo? Como será a distribuição da receita publicitária? Seus dados pessoais podem ser vazados? As grandes plataformas têm controle absoluto sobre os dados dos usuários; se o sistema centralizado falhar ou for hackeado, todos sofrerão perdas. Esses riscos não são ficção, mas fenômenos que já aconteceram na era Web2.0.

A missão do Web3.0 é justamente resolver esses problemas — usando blockchain e contratos inteligentes para garantir a segurança dos dados, proteger os direitos de propriedade dos usuários e manter o controle da privacidade. Em suma, o Web3.0 busca devolver ao usuário tudo o que originalmente lhe pertence (dados, ativos, identidade), eliminando intermediários desnecessários.

Isso não é apenas uma visão idealista. Se as plataformas continuarem a explorar os interesses dos usuários, estes eventualmente irão embora, e a plataforma não poderá se sustentar — causando prejuízo a todos os envolvidos. Portanto, a democratização dos dados não é uma opção, mas uma evolução inevitável da internet.

A linha de divisão da terceira geração da internet: de consumo passivo a propriedade ativa

A internet passou por três fases, cada uma representando uma transformação no poder do usuário e na base tecnológica:

Características Web1.0 Web2.0 Web3.0
Período 1990-2004 2004-presente 2014-presente
Participação do usuário Somente leitura Leitura e escrita Leitura, escrita e propriedade
Identidade na rede Nenhuma Nome de usuário e senha Identidade descentralizada
Modelo econômico Nenhum claro Lucro com publicidade Incentivos com Criptomoedas
Grau de descentralização Não Não Sim
Controle de dados Operador do site Grandes plataformas Próprio usuário
Programabilidade Quase nenhuma Limitada Altíssima
Base tecnológica HTML HTML dinâmico Blockchain, contratos inteligentes, IA

Na era Web1.0, os usuários apenas consumiam páginas estáticas. Com Web2.0, passaram a criar conteúdo, mas sob o controle das grandes plataformas, que exploram os criadores. Com Web3.0, os usuários não só produzem conteúdo, mas também detêm todos os direitos sobre ele — uma mudança de poder fundamental.

Visão geral do ecossistema Web3.0: como blockchain, Criptomoedas e NFT colaboram?

Muita gente mistura Web3.0 com vários conceitos, mas na verdade eles estão em uma relação de cadeia de valor:

Blockchain é a infraestrutura de base, fornecendo suporte técnico de imutabilidade e descentralização.

Web3.0 é a visão de aplicação, definindo como a internet do futuro deve funcionar — com os usuários tendo a propriedade.

Criptomoedas, NFT, DeFi, metaverso são formas concretas de implementação do Web3.0. Entre elas:

  • Criptomoedas resolvem incentivos e circulação de valor
  • NFT confirmam propriedade de ativos digitais
  • DeFi oferece serviços financeiros sem intermediários
  • Metaverso mostra a economia de propriedade em mundos virtuais

Resumindo, o Web3.0 precisa de blockchain como base tecnológica, de Criptomoedas e NFT como ferramentas econômicas; os três são indispensáveis.

Mapa de investimentos em Web3.0: buscando projetos que realmente resolvam problemas

Segundo dados de mercado, o setor Web3.0 tem um valor de mercado de 23 bilhões de dólares, representando 2,18% do mercado total de Criptomoedas, ocupando a 59ª posição entre todos os setores. Existem cerca de 200 projetos relacionados, incluindo alguns de maior destaque:

  • Polkadot (DOT) — infraestrutura de interoperabilidade entre blockchains
  • Chainlink (LINK) — oráculo descentralizado
  • Filecoin (FIL) — rede de armazenamento distribuído
  • ApeCoin (APE) — token comunitário Web3.0
  • Outros projetos de infraestrutura e aplicações

Porém, esse campo é cheio de confusão, com muitas ideias sendo apenas hype. Investidores devem abandonar a busca por conceitos e focar em projetos com resultados técnicos concretos. DOT, LINK, FIL, por exemplo, são relevantes porque resolvem necessidades essenciais do Web3.0 — comunicação entre blockchains, oráculos de dados, armazenamento distribuído — que são o núcleo da infraestrutura Web3.0.

Projetos assim podem criar uma barreira de proteção sólida, sustentando avaliações em bear markets e potencial de explosão em bull markets. Em contrapartida, projetos baseados apenas em hype são como castelos no ar, que se desmancham ao sopro.

O futuro do Web3.0: entre bolha e oportunidade

A ideia de Web3.0 existe há mais de uma década, mas seu desenvolvimento normatizado só começou recentemente, ainda em fase inicial. O mercado tem críticos que acreditam que tudo pode repetir a bolha da inteligência artificial — uma fase de entusiasmo que depois é abandonada pelo capital.

Por outro lado, há uma distinção importante: o Web3.0 não resolve necessidades falsas, mas responde a problemas reais existentes na sociedade. Dados monopolizados, privacidade violada, direitos de propriedade ignorados — esses não são sonhos, mas doenças atuais da internet.

Embora os avanços do Web3.0 ainda não tenham atingido as expectativas do mercado, isso mostra o potencial de crescimento. Assim como a IA passou de ceticismo à aceitação geral, o Web3.0 também está passando por um processo semelhante — há dúvidas, mas o futuro é promissor.

Para investidores otimistas com esse setor, uma estratégia é usar capital de risco compatível com sua tolerância, evitando apostar tudo no topo e também perdendo essa onda de transformação. O mais importante é escolher projetos certos, gerenciar riscos e ter paciência para que as tecnologias e aplicações amadureçam.

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