Da classificação do PIB para o panorama económico global: o código secreto que os investidores devem conhecer

Para os investidores que desejam aproveitar as oportunidades no mercado, a classificação do PIB não só reflete o crescimento ou declínio do poder económico de cada país, mas também é um indicador-chave para determinar o momento certo de investir. Mas que sinais de investimento estão escondidos por trás da classificação do PIB? Vamos começar a interpretar os dados.

O mapa da economia mundial está a mudar silenciosamente

De acordo com os dados mais recentes do FMI, em 2022, os cinco países com maior PIB global foram, por ordem: Estados Unidos (25,5 trilhões de dólares), China (18,0 trilhões de dólares), Japão (4,2 trilhões de dólares), Alemanha (4,1 trilhões de dólares) e Índia (3,4 trilhões de dólares). Curiosamente, esta classificação não é fixa.

Nos últimos vinte anos, o panorama económico global passou por mudanças subtis, mas profundas. Os Estados Unidos, como maior economia mundial, beneficiaram de uma base industrial forte, capacidade de inovação e um sistema financeiro robusto, mantendo-se na liderança há anos. Contudo, ao mesmo tempo, o crescimento de mercados emergentes como a China, Índia e Brasil está a reescrever a distribuição do poder económico mundial. O volume económico destes países continua a subir, enquanto algumas economias desenvolvidas, como o Japão e a Alemanha, têm uma taxa de crescimento mais lenta, indicando uma transferência do centro da economia global.

O que determina a classificação do PIB de um país?

A classificação do PIB tem por trás múltiplos fatores de influência. Os recursos naturais são a base — países como a Rússia e a Arábia Saudita, ricos em reservas energéticas, ocupam posições importantes na economia global. Mas o fator mais decisivo é a capacidade de tecnologia e inovação. Países como os EUA e o Reino Unido, com vantagens na área tecnológica, traduzem-se diretamente em força económica e vantagem na classificação do PIB.

Além disso, fatores como estabilidade política, ambiente de políticas, investimento em educação e infraestrutura também constituem a base para o crescimento do PIB. Contudo, é importante notar que, uma classificação elevada no PIB não equivale a um alto padrão de vida para a população. Em 2022, a China, classificada em 2º lugar, e a Índia, em 5º, têm um PIB per capita muito abaixo dos países desenvolvidos entre os dez primeiros, o que nos lembra que não se deve julgar a prosperidade real de um país apenas pela sua classificação no PIB.

A relação real entre dados do PIB e o mercado de investimento

Em teoria, o crescimento económico impulsiona o aumento dos lucros das empresas, o que deveria elevar os preços das ações. Mas a realidade é mais complexa. Dados históricos mostram que a correlação entre o S&P 500 e a taxa de crescimento do PIB real é de apenas 0,31, o que significa que muitas vezes os movimentos divergem.

Um exemplo típico é 2009, quando o PIB real dos EUA caiu 0,2%, mas o índice S&P 500 subiu 26,5%. Entre 1930 e 2010, em dez recessões económicas, cinco tiveram retornos de ações positivos. Essa divergência ocorre porque o mercado de ações costuma liderar a economia — os investidores negociam com base na expectativa do futuro económico, não na situação atual. Emoções do mercado, eventos políticos, políticas monetárias e outros fatores de curto prazo às vezes têm mais peso do que os fundamentos.

A ligação inevitável entre a taxa de crescimento do PIB e a volatilidade cambial

A lógica aqui é mais direta. Países com alta taxa de crescimento do PIB tendem a que os seus bancos centrais elevem as taxas de juro para controlar a inflação, pois taxas elevadas combinadas com bom desempenho económico aumentam a atratividade da moeda, elevando a taxa de câmbio. Por outro lado, países com crescimento mais lento geralmente enfrentam pressões de depreciação cambial.

O contraste entre os EUA e a Europa entre 1995 e 1999 é um exemplo claro. Nesse período, o crescimento médio do PIB dos EUA foi de 4,1% ao ano, muito superior ao crescimento dos principais países da zona euro, levando a uma depreciação do euro face ao dólar de cerca de 30% em menos de dois anos. Além disso, a diferença na taxa de crescimento do PIB também influencia a taxa de câmbio através do impacto nas importações e exportações — um crescimento elevado geralmente aumenta as importações e o défice comercial, pressionando a moeda local para baixo.

Como usar os dados do PIB para orientar decisões de investimento?

Os investidores não devem olhar isoladamente para os dados de classificação do PIB, mas integrá-los num sistema mais amplo de indicadores macroeconómicos. Dados de IPC refletem o nível de preços, o PMI mede a atividade empresarial, a taxa de desemprego indica a situação do emprego, e as taxas de juro e políticas monetárias afetam diretamente o custo do capital.

Quando o IPC sobe moderadamente, o PMI está acima de 50 e a taxa de desemprego está em níveis normais, a economia geralmente está em fase de recuperação, sendo momento de focar em ações e imóveis. Por outro lado, se os indicadores sinalizam recessão, ativos como obrigações e ouro tendem a manter-se relativamente estáveis. O desempenho de diferentes setores ao longo do ciclo económico também varia — na fase de recuperação, a indústria e o imobiliário são mais favoráveis, enquanto na fase de prosperidade, os setores financeiro e de consumo atraem mais investidores.

As novas variáveis para a economia global em 2024

O FMI reviu em baixa as previsões de crescimento global em outubro de 2023. Para 2024, espera-se um crescimento de apenas 2,9%, muito abaixo da média histórica de 3,8% entre 2000 e 2019. A previsão é que o PIB dos EUA diminua para 1,5%, enquanto a China deverá atingir 4,6%, superando claramente as economias desenvolvidas como a UE, Japão e outros.

A política de aumento de taxas de juro do Federal Reserve continuará a restringir o consumo e o investimento, aumentando os riscos de desaceleração global. Contudo, avanços tecnológicos em 5G, inteligência artificial, blockchain e outras áreas podem criar oportunidades de investimento estruturais. Num cenário de crescimento mais lento e maior incerteza, compreender com precisão as mudanças no PIB e nos indicadores económicos relacionados é fundamental para encontrar oportunidades de investimento mesmo em momentos de volatilidade.

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