AstraZeneca e Daiichi Sankyo fazem avanço no cancro da mama HER2-positivo
AstraZeneca PLC (AZN) associou-se à Daiichi Sankyo, com sede no Japão, para alcançar um marco importante: aprovação pela FDA do Enhertu (trastuzumab deruxtecan) como tratamento de primeira linha para pacientes com cancro da mama HER2-positivo inoperável ou metastático. O conjugado de anticorpo-fármaco (ADC) está agora autorizado para uso juntamente com o Perjeta (pertuzumab) da Roche nos Estados Unidos, marcando uma mudança significativa na abordagem dos médicos ao tratamento do cancro da mama avançado. Esta aprovação recebeu revisão prioritária da FDA e a designação de Terapia Inovadora, demonstrando a confiança da agência reguladora no potencial do medicamento.
A aprovação foi facilitada através do programa de revisão oncológica em tempo real (RTOR) da FDA, que acelera o processo de avaliação de terapêuticas promissoras contra o cancro. Notavelmente, o Enhertu já tinha sido aprovado para tratamento de segunda linha em mais de 85 países e possui aprovações para indicações direcionadas ao HER2 em cancros de pulmão e gástricos. No entanto, esta indicação de cancro da mama de primeira linha representa uma expansão transformadora—abordando pacientes numa fase mais precoce da progressão da doença.
Evidência Clínica: DESTINY-Breast09 Demonstra Superioridade Clara
A decisão regulatória baseia-se em dados convincentes do ensaio de fase III DESTINY-Breast09. Os pacientes que receberam Enhertu combinado com Perjeta alcançaram uma sobrevida livre de progressão (PFS) mediana de 40,7 meses, superando substancialmente o regime de quimioterapia padrão atual (taxano combinado com medicamentos contra o cancro Herceptin e Perjeta). Aqueles tratados com a combinação tradicional “THP” tiveram uma PFS mediana de apenas 26,7 meses.
Isto traduz-se numa redução de 44% no risco de progressão para o braço Enhertu-Perjeta—uma melhoria clinicamente significativa que responde a uma questão crucial para os pacientes com cancro: pode uma mama caída voltar a erguer-se? Para muitos pacientes HER2-positivo, estes dados sugerem que a resposta é cada vez mais afirmativa, com períodos de sobrevivência prolongados que oferecem benefícios na qualidade de vida e mais tempo para terapêuticas emergentes.
Implicações Financeiras e Reação do Mercado
A aprovação desencadeia um pagamento de $150 milhão de marco de progresso por parte da AstraZeneca à Daiichi Sankyo, refletindo a importância comercial desta indicação ampliada. As ações da AZN demonstraram um desempenho robusto, com uma valorização de 36,3% no último ano—superando o aumento de 12,1% do setor em geral. Este desempenho das ações reflete o otimismo dos investidores relativamente ao pipeline oncológico da AstraZeneca e ao potencial de sucesso do Enhertu como tratamento de primeira linha para o cancro da mama.
Estrutura da Parceria
A colaboração entre AstraZeneca e Daiichi Sankyo, formalizada em março de 2019, foi posteriormente ampliada em julho de 2020 para incluir ADCs adicionais, incluindo o Datroway (datopotamab deruxtecan). Segundo este acordo, a Daiichi Sankyo fica responsável pela fabricação e logística de fornecimento, enquanto registra as vendas do Enhertu nos EUA—uma estrutura que reforça as forças complementares de cada parceiro no espaço oncológico.
Esta aprovação reforça por que os tratamentos avançados contra o cancro representam uma tese de investimento atraente para o setor biotecnológico, à medida que terapêuticas inovadoras como o Enhertu continuam a redefinir os paradigmas de tratamento para pacientes HER2-positivo globalmente.
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Um Seio Caído Pode Levantar-se Novamente? A Aprovação da FDA do Enhertu Traz Nova Esperança para o Tratamento de Primeira Linha
AstraZeneca e Daiichi Sankyo fazem avanço no cancro da mama HER2-positivo
AstraZeneca PLC (AZN) associou-se à Daiichi Sankyo, com sede no Japão, para alcançar um marco importante: aprovação pela FDA do Enhertu (trastuzumab deruxtecan) como tratamento de primeira linha para pacientes com cancro da mama HER2-positivo inoperável ou metastático. O conjugado de anticorpo-fármaco (ADC) está agora autorizado para uso juntamente com o Perjeta (pertuzumab) da Roche nos Estados Unidos, marcando uma mudança significativa na abordagem dos médicos ao tratamento do cancro da mama avançado. Esta aprovação recebeu revisão prioritária da FDA e a designação de Terapia Inovadora, demonstrando a confiança da agência reguladora no potencial do medicamento.
A aprovação foi facilitada através do programa de revisão oncológica em tempo real (RTOR) da FDA, que acelera o processo de avaliação de terapêuticas promissoras contra o cancro. Notavelmente, o Enhertu já tinha sido aprovado para tratamento de segunda linha em mais de 85 países e possui aprovações para indicações direcionadas ao HER2 em cancros de pulmão e gástricos. No entanto, esta indicação de cancro da mama de primeira linha representa uma expansão transformadora—abordando pacientes numa fase mais precoce da progressão da doença.
Evidência Clínica: DESTINY-Breast09 Demonstra Superioridade Clara
A decisão regulatória baseia-se em dados convincentes do ensaio de fase III DESTINY-Breast09. Os pacientes que receberam Enhertu combinado com Perjeta alcançaram uma sobrevida livre de progressão (PFS) mediana de 40,7 meses, superando substancialmente o regime de quimioterapia padrão atual (taxano combinado com medicamentos contra o cancro Herceptin e Perjeta). Aqueles tratados com a combinação tradicional “THP” tiveram uma PFS mediana de apenas 26,7 meses.
Isto traduz-se numa redução de 44% no risco de progressão para o braço Enhertu-Perjeta—uma melhoria clinicamente significativa que responde a uma questão crucial para os pacientes com cancro: pode uma mama caída voltar a erguer-se? Para muitos pacientes HER2-positivo, estes dados sugerem que a resposta é cada vez mais afirmativa, com períodos de sobrevivência prolongados que oferecem benefícios na qualidade de vida e mais tempo para terapêuticas emergentes.
Implicações Financeiras e Reação do Mercado
A aprovação desencadeia um pagamento de $150 milhão de marco de progresso por parte da AstraZeneca à Daiichi Sankyo, refletindo a importância comercial desta indicação ampliada. As ações da AZN demonstraram um desempenho robusto, com uma valorização de 36,3% no último ano—superando o aumento de 12,1% do setor em geral. Este desempenho das ações reflete o otimismo dos investidores relativamente ao pipeline oncológico da AstraZeneca e ao potencial de sucesso do Enhertu como tratamento de primeira linha para o cancro da mama.
Estrutura da Parceria
A colaboração entre AstraZeneca e Daiichi Sankyo, formalizada em março de 2019, foi posteriormente ampliada em julho de 2020 para incluir ADCs adicionais, incluindo o Datroway (datopotamab deruxtecan). Segundo este acordo, a Daiichi Sankyo fica responsável pela fabricação e logística de fornecimento, enquanto registra as vendas do Enhertu nos EUA—uma estrutura que reforça as forças complementares de cada parceiro no espaço oncológico.
Esta aprovação reforça por que os tratamentos avançados contra o cancro representam uma tese de investimento atraente para o setor biotecnológico, à medida que terapêuticas inovadoras como o Enhertu continuam a redefinir os paradigmas de tratamento para pacientes HER2-positivo globalmente.