As ações da Southern Copper Corporation (SCCO) caíram 6,1% desde o seu último anúncio de resultados, ficando atrás do índice mais amplo S&P 500. No entanto, por trás dessa fraqueza aparente, encontra-se uma história operacional convincente que merece uma análise mais aprofundada. Os resultados do terceiro trimestre do gigante da mineração apresentaram conquistas operacionais significativas, especialmente nas operações no Peru, apesar da volatilidade contínua do mercado.
Resultados Financeiros Superam Projeções
A empresa apresentou lucros por ação impressionantes de $1,35 no 3T 2025, superando o consenso dos analistas de $1,25 e representando um aumento robusto de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita subiu para $3,38 bilhões, um aumento de 15% em relação ao ano anterior, superando os $3,16 bilhões previstos. Essa performance superior reflete uma mudança estratégica no portfólio para commodities de maior margem, com a empresa beneficiando-se de preços elevados de metais preciosos.
O lucro operacional aumentou 22% em relação ao ano anterior, atingindo $1,77 bilhões, com a margem operacional melhorando para 52,4% de 49,5% no período comparável do ano anterior. O EBITDA ajustado cresceu 17,3% em relação ao ano anterior, atingindo $1,97 bilhões, expandindo a margem EBITDA ajustada para 58,5% de 57,5%. Essas expansões de margem indicam um leverage operacional excepcional, mesmo com o aumento de 11% nos custos de vendas, que chegaram a $1,36 bilhões.
Operações no Peru Impulsionam Mudança Estratégica
Os ativos do Southern Copper no Peru, historicamente centrais para seu portfólio de cobre, passaram por ajustes operacionais significativos. A produção de cobre caiu 6,9% em relação ao ano anterior, atingindo 234.892 toneladas, principalmente devido a uma redução de 7,3% na produção das minas principais do Peru—Toquepala e Cuajone. No entanto, essa queda reflete uma realocação deliberada de recursos, e não desafios operacionais.
As operações mexicanas também reduziram a produção de cobre em 6,5%, à medida que a instalação de Buenavista redirecionou o foco para a extração de zinco e prata. O novo concentrador de Buenavista foi otimizado para aproveitar as boas grades de minério, resultando em um aumento dramático de 46% na produção de zinco em relação ao ano anterior, atingindo 45.482 toneladas.
Diversificação em Metais Preciosos e Industriais
A produção de prata melhorou 16,4% em relação ao ano anterior, atingindo 6,21 milhões de onças, impulsionada por operações mexicanas aprimoradas, apesar dos obstáculos nas minas do Peru. As vendas de prata avançaram 21,9% em relação ao ano anterior, para 6,32 milhões de onças, superando o crescimento da produção devido a preços favoráveis. A produção de molibdênio cresceu 8,3% em relação ao ano anterior, atingindo 7.874 toneladas, apoiada por uma maior produção em La Caridad e Toquepala, embora parcialmente compensada pelas reduções em Buenavista e Cuajone.
Fortalecimento do Balanço Patrimonial e Geração de Caixa
O fluxo de caixa operacional atingiu $1,56 bilhões no 3T 2025, um aumento em relação a $1,44 bilhões no mesmo período do ano anterior. Os saldos de caixa expandiram-se para $3,95 bilhões, comparados a $3,26 bilhões no final de 2024, proporcionando uma flexibilidade financeira substancial. A dívida de longo prazo aumentou para $6,75 bilhões, de $5,76 bilhões, refletindo investimentos estratégicos em infraestrutura de produção.
Orientação de Produção para 2025 Reflete a Evolução do Portfólio
A empresa projeta uma produção de 958.800 toneladas de cobre para 2025, representando uma queda modesta de 2% em relação ao ano anterior, à medida que as operações no Peru e no México continuam a otimizar. A produção de zinco é prevista em 174.700 toneladas, indicando um crescimento impressionante de 34% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo concentrador de Buenavista. A produção de prata deve atingir 23 milhões de onças, um aumento de 10% em relação a 2024, enquanto a produção de molibdênio é prevista em 30.000 toneladas, representando um crescimento de 4% em relação ao ano anterior.
Sentimento dos Analistas e Métricas de Valoração
Revisões recentes de estimativas têm tendência de queda, embora a Southern Copper mantenha uma classificação Zacks Rank #1 (Compra Forte). A ação possui uma pontuação de Crescimento de C de e uma pontuação de Momentum de D, refletindo o desempenho inferior recente no mercado. A pontuação de Valor de D posiciona a ação no bottom 40% dos investimentos orientados a valor, enquanto a pontuação VGM agregada de D sugere sinais mistos em várias estratégias de investimento.
Implicações para Investidores
Apesar do ceticismo de mercado de curto prazo, a execução operacional da Southern Copper e o reequilíbrio estratégico do portfólio para commodities de maior margem merecem consideração dos investidores. As operações no Peru continuam sendo parte integrante da estratégia de longo prazo, embora ajustes de produção de curto prazo sinalizem o compromisso da gestão com uma produção sustentável e de alta qualidade. A forte posição de caixa e o quadro disciplinado de alocação de capital apoiam uma potencial recuperação de alta nos próximos trimestres.
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Desempenho do 3º trimestre da Southern Copper: Lucros sólidos contra ventos contrários do mercado
As ações da Southern Copper Corporation (SCCO) caíram 6,1% desde o seu último anúncio de resultados, ficando atrás do índice mais amplo S&P 500. No entanto, por trás dessa fraqueza aparente, encontra-se uma história operacional convincente que merece uma análise mais aprofundada. Os resultados do terceiro trimestre do gigante da mineração apresentaram conquistas operacionais significativas, especialmente nas operações no Peru, apesar da volatilidade contínua do mercado.
Resultados Financeiros Superam Projeções
A empresa apresentou lucros por ação impressionantes de $1,35 no 3T 2025, superando o consenso dos analistas de $1,25 e representando um aumento robusto de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita subiu para $3,38 bilhões, um aumento de 15% em relação ao ano anterior, superando os $3,16 bilhões previstos. Essa performance superior reflete uma mudança estratégica no portfólio para commodities de maior margem, com a empresa beneficiando-se de preços elevados de metais preciosos.
Margens Operacionais Expandem-se Significativamente
O lucro operacional aumentou 22% em relação ao ano anterior, atingindo $1,77 bilhões, com a margem operacional melhorando para 52,4% de 49,5% no período comparável do ano anterior. O EBITDA ajustado cresceu 17,3% em relação ao ano anterior, atingindo $1,97 bilhões, expandindo a margem EBITDA ajustada para 58,5% de 57,5%. Essas expansões de margem indicam um leverage operacional excepcional, mesmo com o aumento de 11% nos custos de vendas, que chegaram a $1,36 bilhões.
Operações no Peru Impulsionam Mudança Estratégica
Os ativos do Southern Copper no Peru, historicamente centrais para seu portfólio de cobre, passaram por ajustes operacionais significativos. A produção de cobre caiu 6,9% em relação ao ano anterior, atingindo 234.892 toneladas, principalmente devido a uma redução de 7,3% na produção das minas principais do Peru—Toquepala e Cuajone. No entanto, essa queda reflete uma realocação deliberada de recursos, e não desafios operacionais.
As operações mexicanas também reduziram a produção de cobre em 6,5%, à medida que a instalação de Buenavista redirecionou o foco para a extração de zinco e prata. O novo concentrador de Buenavista foi otimizado para aproveitar as boas grades de minério, resultando em um aumento dramático de 46% na produção de zinco em relação ao ano anterior, atingindo 45.482 toneladas.
Diversificação em Metais Preciosos e Industriais
A produção de prata melhorou 16,4% em relação ao ano anterior, atingindo 6,21 milhões de onças, impulsionada por operações mexicanas aprimoradas, apesar dos obstáculos nas minas do Peru. As vendas de prata avançaram 21,9% em relação ao ano anterior, para 6,32 milhões de onças, superando o crescimento da produção devido a preços favoráveis. A produção de molibdênio cresceu 8,3% em relação ao ano anterior, atingindo 7.874 toneladas, apoiada por uma maior produção em La Caridad e Toquepala, embora parcialmente compensada pelas reduções em Buenavista e Cuajone.
Fortalecimento do Balanço Patrimonial e Geração de Caixa
O fluxo de caixa operacional atingiu $1,56 bilhões no 3T 2025, um aumento em relação a $1,44 bilhões no mesmo período do ano anterior. Os saldos de caixa expandiram-se para $3,95 bilhões, comparados a $3,26 bilhões no final de 2024, proporcionando uma flexibilidade financeira substancial. A dívida de longo prazo aumentou para $6,75 bilhões, de $5,76 bilhões, refletindo investimentos estratégicos em infraestrutura de produção.
Orientação de Produção para 2025 Reflete a Evolução do Portfólio
A empresa projeta uma produção de 958.800 toneladas de cobre para 2025, representando uma queda modesta de 2% em relação ao ano anterior, à medida que as operações no Peru e no México continuam a otimizar. A produção de zinco é prevista em 174.700 toneladas, indicando um crescimento impressionante de 34% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo concentrador de Buenavista. A produção de prata deve atingir 23 milhões de onças, um aumento de 10% em relação a 2024, enquanto a produção de molibdênio é prevista em 30.000 toneladas, representando um crescimento de 4% em relação ao ano anterior.
Sentimento dos Analistas e Métricas de Valoração
Revisões recentes de estimativas têm tendência de queda, embora a Southern Copper mantenha uma classificação Zacks Rank #1 (Compra Forte). A ação possui uma pontuação de Crescimento de C de e uma pontuação de Momentum de D, refletindo o desempenho inferior recente no mercado. A pontuação de Valor de D posiciona a ação no bottom 40% dos investimentos orientados a valor, enquanto a pontuação VGM agregada de D sugere sinais mistos em várias estratégias de investimento.
Implicações para Investidores
Apesar do ceticismo de mercado de curto prazo, a execução operacional da Southern Copper e o reequilíbrio estratégico do portfólio para commodities de maior margem merecem consideração dos investidores. As operações no Peru continuam sendo parte integrante da estratégia de longo prazo, embora ajustes de produção de curto prazo sinalizem o compromisso da gestão com uma produção sustentável e de alta qualidade. A forte posição de caixa e o quadro disciplinado de alocação de capital apoiam uma potencial recuperação de alta nos próximos trimestres.